O número de mortos devido ao
cólera no Haiti já passa de 250, segundo informam autoridades. O número
de casos no país já passa de 3 mil.
O diretor geral do Departamento da Saúde do
Haiti, Gabriel Thimote, afirmou neste domingo, no entanto, que foi
registrada uma diminuição no número de mortes e de pessoas
hospitalizadas nas áreas mais críticas."A tendência é que o quadro se estabilize, embora não sejamos capazes de dizer que já atingimos um pico", diz Thimote.
Cinco casos de cólera já foram registrados na capital, Porto Príncipe, mas autoridades da ONU afirmam que os pacientes já foram rapidamente diagnosticados e isolados.
As localidades mais atingidas são Douin, Marchand Dessalines e arredores de Saint-Marc, a cerca de 100km de Porto Príncipe.
No entanto, vários casos foram registrados na cidade de Gonaives e em vilarejos próximos à capital, entre eles Archaei, Limbe e Mirebalais.
Sobreviventes do terremoto
Cerca de 1 milhão de sobreviventes do terremoto ocorrido em janeiro estão vivendo em barracas próximas à capital, sem saneamento básico e com acesso limitado a água potável.
Acredita-se que o surto de cólera tenha sido provocado pelo consumo de água contaminada do rio Artibonite. O cólera provoca febre alta, diarreia, vômitos e desidratação.
No sábado, o presidente haitiano, René Preval, disse que as autoridades estão tomando providências para que o cólera não ultrapasse os limites do foco original.
Agências humanitárias disseram, entretanto, que já haviam sido registrados casos da doença fora dessas regiões e que ela pode estar chegando à fronteira da República Dominicana.
Especialistas dizem que essa é a primeira epidemia de cólera em um século, por isso, a população não tem qualquer imunidade contra a bactéria.
Ajuda do Brasil
O governo brasileiro anunciou na sexta-feira que está ajudando a combater o problema.
Segundo nota divulgada pelo Ministério da Saúde e pelo Itamaraty, o Brasil estaria pronto para distribuir suprimentos médicos, pastilhas para purificação de água, vasilhames, kits higiênicos e soro reidratante.
A nota diz ainda que técnicos brasileiros do Ministério da Saúde estão na capital Porto Príncipe, onde treinam agentes sanitários haitianos e preparam levantamento sobre necessidades de material médico.