segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Livro de História e Cultura Afro-brasileira vence em 1º lugar o mais importante prêmio literário do Brasil

A Câmara Brasileira do Livro divulgou nesta quarta-feira os dez finalistas de todas as categorias que concorrem ao 52º Prêmio Jabuti.
O prêmio é o mais importante e prestigiado da literária brasileira.O livro é de autoria Walter Fraga e Wlamyra R. de Albuquerque ( Editora Moderna)

Sinopse

Os povos africanos que foram escravizados no Brasil trouxeram junto de si uma rica sabedoria de técnicas de cultivo, de criação de animais, de mineração, de construção de casas, de navegação, de religiosidade, de filosofia, de culturas musicais, de conhecimento sobre ervas medicinais, de tratamento curativo de doenças físicas e mentais, de dança, de divertimentos e culinária.
A interação entre estes povos, vindos de diferentes regiões e grupos étnicos do continente africano, construiu ao longo de séculos um novo cenário cultural nas Américas. Ao mesmo tempo, também estavam em curso interações, disputas e trocas entre tradições africanas, portuguesas e indígenas. O encontro, nem sempre amistoso, entre esses diferentes povos fez nascer uma cultura original e diversificada: a cultura afro-brasileira. Muito do que hoje nos define como brasileiros é fruto desta criação cultural, na qual os africanos e seus descendentes foram protagonistas importantes.

Haiti vê sinais de 'estabilização' em epidemia de cólera

Cinco casos de cólera já foram registrados na capital, Porto Príncipe.
Autoridades dizem que surto da doença deve se estabilizar em breve
O número de mortos devido ao cólera no Haiti já passa de 250, segundo informam autoridades. O número de casos no país já passa de 3 mil.
O diretor geral do Departamento da Saúde do Haiti, Gabriel Thimote, afirmou neste domingo, no entanto, que foi registrada uma diminuição no número de mortes e de pessoas hospitalizadas nas áreas mais críticas.
"A tendência é que o quadro se estabilize, embora não sejamos capazes de dizer que já atingimos um pico", diz Thimote.
Cinco casos de cólera já foram registrados na capital, Porto Príncipe, mas autoridades da ONU afirmam que os pacientes já foram rapidamente diagnosticados e isolados.
As localidades mais atingidas são Douin, Marchand Dessalines e arredores de Saint-Marc, a cerca de 100km de Porto Príncipe.
No entanto, vários casos foram registrados na cidade de Gonaives e em vilarejos próximos à capital, entre eles Archaei, Limbe e Mirebalais.
Sobreviventes do terremoto
Cerca de 1 milhão de sobreviventes do terremoto ocorrido em janeiro estão vivendo em barracas próximas à capital, sem saneamento básico e com acesso limitado a água potável.
Acredita-se que o surto de cólera tenha sido provocado pelo consumo de água contaminada do rio Artibonite. O cólera provoca febre alta, diarreia, vômitos e desidratação.
No sábado, o presidente haitiano, René Preval, disse que as autoridades estão tomando providências para que o cólera não ultrapasse os limites do foco original.
Agências humanitárias disseram, entretanto, que já haviam sido registrados casos da doença fora dessas regiões e que ela pode estar chegando à fronteira da República Dominicana.
Especialistas dizem que essa é a primeira epidemia de cólera em um século, por isso, a população não tem qualquer imunidade contra a bactéria.

Ajuda do Brasil
O governo brasileiro anunciou na sexta-feira que está ajudando a combater o problema.
Segundo nota divulgada pelo Ministério da Saúde e pelo Itamaraty, o Brasil estaria pronto para distribuir suprimentos médicos, pastilhas para purificação de água, vasilhames, kits higiênicos e soro reidratante.
A nota diz ainda que técnicos brasileiros do Ministério da Saúde estão na capital Porto Príncipe, onde treinam agentes sanitários haitianos e preparam levantamento sobre necessidades de material médico.

sábado, 16 de outubro de 2010

IV Colóquio Internacional Saberes, Práticas, I Conferência Internacional de Africanidade e I Simpósio Internacional de Multirreferencialidade e Etnicidade.


De 25 a 29 de outubro, acontecerá um triplo evento - IV Colóquio Internacional Saberes, Práticas, I Conferência Internacional de Africanidade e I Simpósio Internacional de Multirreferencialidade e Etnicidade - na UFBA, UNEB e IFBA. Para apresentação de trabalho, o prazo de inscrição foi prorrogado até o dia 15 de outubro. Sem apresentação de trabalho, os interessados poderão se inscrever até o dia 20 deste mês.
 
Os três eventos têm como objetivo reunir pesquisadores nacionais e internacionais que trabalham com questões relacionadas à (in)formação profissional no cenário da sociedade do conhecimento e compreender os desenvolvimentos desses processos em relação aos cenários produtivos de desenvolvimento tecnológico e os diversos contextos sócio-culturais. A história e cultura africana e afro-brasileira, a educação  para as relações étnico-raciais e a difusão do conhecimento africano são alguns dos eixos temáticos.
 
Serviço:
 
IV Colóquio Internacional Saberes, Práticas, I Conferência Internacional de Africanidade e I Simpósio Internacional de Multirreferencialidade e Etnicidade.

Onde: UFBA, UNEB e IFBA

Quando: De 25 a 29 de outubro.

Investimento: R$ 100,00 para profissionais e professores universitários, R$ 60,00 pós-graduandos e professores da educação básica e R$ 10,00 para graduandos e membros de movimentos sociais até o dia 15 de outubro. Após essa data os valores serão reajustados.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

S.O.S. PORTUGUÊS

Qual é a diferença entre "esse" e "este" e quando empregar os dois termos?

Bruna Nicolielo (bruna.nicolielo@abril.com.br). Com reportagem de Rita Trevisan


"Esse" é usado para retomar um termo, uma ideia ou uma oração já mencionados, como no exemplo a seguir: "A Terra gira em torno do Sol. Esse movimento é conhecido como translação". "Este", por sua vez, introduz uma ideia nova, ainda não mencionada, como podemos observar na frase "Este argumento de que os homens não choram é ultrapassado".
"Este" também pode indicar proximidade do falante, enquanto "esse" nos dá a ideia de proximidade do ouvinte. Vejamos as frases: a) "Este sapato me pertence", b) "Quando você comprou esse sapato que está usando?". Em (a), o sapato é de quem fala e, portanto, está mais próximo dele. Em (b), o sapato é do ouvinte.

Os dois termos são classificados pela gramática como pronomes demonstrativos e são usados quando o falante quer esclarecer a identidade de um referente (nome), retomar conteúdos e localizálo no tempo e no espaço. Entre essas funções, a mais importante é a de retomar ideias já mencionadas e ajudar na articulação do texto. A regra é basicamente a mesma para "deste" e "desse", "isto" e "isso" e "disto" e "disso".

Consultoria Sandra Quarezemin, doutora em Linguística e professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

domingo, 3 de outubro de 2010

COMENTANDO O COMENTADO: Comentando....

COMENTANDO O COMENTADO: Comentando....: "VIDA É o amor existência! RAZÃO É o amor que pondera ESTUDO É o amor que analisa CIÊNCIA É o amor que investiga FILOSOFIA É o amo..."

Jogo da literatura | Língua Portuguesa | Nova Escola

PROFESSOR DE HISTÓRIA DA AMÉRICA I, II E III E DE HISTÓRIA DA ÁFRICA I E II
Instituição: Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG)
Inscrições: até 20/10/2010
Mais informações
Vale a Pena Ler

Calendário Negro- Outubro

Calendário Negro - Outubro
01 - Independência da Nigéria, África (1960)
01 - Os militares expulsam o presidente constitucional do Haiti, Aristide, e começa um massacre de centenas de haitianos (1991)
02 - Independência da Guiné, África (1958)
02 - Nasce Mahatma Gandhi (1869)
02 - A Polícia Militar, em São Paulo, invade o presídio do Carandiru para sedar uma rebelião e mata 111 presos. Mais 110 ficaram feridos. Muitos morreram com tiros nas costas ou em suas celas. (1992)
05 - São Benedito, o negro. Seus pais foram escravos na Sicília, Itália. Mesmo analfabeto, foi eleito mestre dos noviços, superior do convento, devido a sua capacidade de acolhimento. (1589)
07 Dia de Nossa Senhora do Rosário, patrona dos negros
07 - Pio II censura oficialmente a escravidão dos africanos (1462)
07 - Nascimento de Desmond Tutu, arcebispo negro sul-africano, prêmio Nobel da Paz (1931)
08 - Nasce José do Patrocínio, líder abolicionista, filho da negra Justina do Espírito Santo na cidade de Campos, Rio de Janeiro (1853)
09 - Nascimento, em São Paulo, do poeta, ensaísta e crítico Mário de Andrade, de ascendência afro nem sempre lembrada (1893)
09 - Independência da Uganda (1962)
10 - Morre Daniel Comboni, primeiro bispo de Cartum (Sudão – África, 2001)
10 - Morre Francisco Lucrécio, Secretário da Frente Negra Brasileira, em São Paulo
11 - Nascimento do compositor e cantor Agenor de Oliveira, o Cartola (1908)
11 - Nasce, em São Luís do Maranhão, a romancista negra Maria Firmina dos Reis (1825)
12 - Começa a devoção a Nossa Senhora Aparecida, quilombola negra, padroeira do Brasil (1717)
12 - Simon Kimbangu, do Zaire, fundador da Igreja Kimbanguista Independente (1951)
12 - Independência da Guiné Equatorial. 13/10/1944 É fundado o Teatro Experimental do Negro no Rio de Janeiro (1968)
13 - O escritor egípcio Naguib Mahfuz recebe o Prêmio Nobel da Literatura (1988)
14 - Martin Luther King Jr. recebe o Prêmio Nobel da Paz (1964)
15 - Desmond Mpilo Tutu, arcebispo negro anglicano da África do Sul é agraciado com o Prêmio Nobel da Paz (1984)
15 - Walter Sisulu, líder do Congresso Nacional Africano (ANC), é libertado após 25 anos de prisão (1989)
16 - Wole Soyinka torna-se o primeiro africano a receber o Prêmio Nobel de Literatura (1986)
16 - O bispo Demond Tutu, líder na luta anti-apartheid na África do Sul, recebe o Prêmio Nobel da Paz (1984)
19 - O irreverente jornalista e romancista negro, Lima Barreto, vê sua obra "Triste fim de Policarpo Quaresma", publicada como folhetim no jornal o Comércio, do Rio (1911)
21 - A Organização da União Africana (OUA) assina a Carta dos Diretos do Homem e dos Povos (1986)
24 - Independência da Zâmbia (1964)
24 - Nascimento de Esmeralda Ribeiro, poeta e uma das coordenadoras do Quilombhoje (1958)
24 - Nascimento do poeta e jornalista Oswaldo de Camargo, co -fundador do Quilombhoje (1936)
25 - O marechal Deodoro da Fonseca, presidente do Clube Militar, apresenta uma petição à Princesa Isabel para que poupasse o Exército de "humilhante tarefa" de perseguir escravos fugidos (1887)
26 - Dia Nacional da Juventude
28 - Procissão do Cristo Negro dos Milagres em Lima (Peru), segundo a tradição afro-peruana.
30 - Começa a circular no Rio de Janeiro o Jornal da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão (1880)
31 - Surge a primeira comunidade negra na América Latina que não sofreu a escravidão, em Esmeraldas, Equador. Seu líder foi Alonso de Illescas (1553)
31 - Começa a luta pela Independência da Argélia (1954)


terça-feira, 7 de setembro de 2010

sábado, 4 de setembro de 2010

Um homem mede a menor versão completa (2,4 x 1,9 cm) escrita a mão do livro sagrado da religião muçulmana, o Alcorão, datada da época do império otomano. O livreto tem 604 páginas decoradas com tinta de ouro
ESCLARECIMENTO SOBRE O CONCURSO DE ADMISSÃO À ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO EXÉRCITO (EsPCEx) novo 

A respeito de matéria veiculada pela imprensa acerca de decisões judiciais suspendendo requisitos contidos no edital do Concurso de Admissão à EsPCEx, faz-se o seguinte esclarecimento: * foram ajuizadas duas Ações Civis Públicas pelo Ministério Público Federal, em Natal e em Goiânia, questionando requisitos contidos no mencionado edital, tendo havido preliminarmente, em ambos os casos, decisão judicial dos respectivos Juízos de 1º grau, determinando a suspensão das citadas exigências editalícias e prorrogação dos prazos de inscrição; * em face da repercussão das decisões judiciais para o citado concurso, o Comando da Força e a Advocacia-Geral da União, de forma imediata e em trabalho conjunto, envidaram esforços junto aos Tribunais Regionais Federais das 1ª e 5ª Regiões (TRF/1 e TRF/5) para reverter as referidas decisões judiciais; * ambas as decisões foram revogadas, estando mantidos, portanto, todos os requisitos para ingresso, bem como o calendário das provas e exames.

Novo Enen

O Ministério da Educação apresentou uma proposta de reformulação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e sua utilização como forma de seleção unificada nos processos seletivos das universidades públicas federais. A proposta tem como principais objetivos democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio. As universidades possuem autonomia e poderão optar entre quatro possibilidades de utilização do novo exame como processo seletivo: • Como fase única, com o sistema de seleção unificada, informatizado e on-line; • Como primeira fase; • Combinado com o vestibular da instituição; • Como fase única para as vagas remanescentes do vestibular. Acesse a proposta apresentada à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) Matriz de Referência para o Enem 2009 Nota de aprovação da Matriz de Referência - Representação da Andifes no Comitê de Governança Nota de aprovação da Matriz de Referência - Representação do Consed no Comitê de Governança

sábado, 28 de agosto de 2010

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

25 de AGOSTO - DIA DO SOLDADO







25 de Agosto


Dia do Soldado
O dia do soldado é celebrado no dia 25 de Agosto em homenagem a Luís Alves de Lima e Silva, conhecido como Duque de Caxias, que nasceu em 25 de Agosto de 1803.
O Duque de Caxias é o Patrono do Exército Brasileiro.
Ele entrou para a história por seu importante trabalho na guerra do Paraguai . Foi após o seu desempenho nesta batalha que ele começou a ser conhecido como Duque de Caxias, o mais alto título de nobreza concedido pelo Imperador do País.
A palavra soldado tem origem do latim Solidarius, que sginifica aquele que é pago para servir.
Na hierarquia militar o soldado é uma das primeiras graduações para aqueles que ingressam nas forças armadas.
O serviço militar é obrigatorio na País, sendo convocados a se apresentarem todos os homens quando chegam a idade de 18 anos.

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domingo, 22 de agosto de 2010

Imagem do Dia

Hindus indianos participam de celebração religiosa pelas ruas de Mumbai Sajjad Hussain/AFP

Curso África Nossa - inscrições abertas

13/08/2010
De 17 de setembro a 13 de novembro de 2010, acontece o curso de formação continuada - África Nossa. Com carga horária de 80 horas, o curso oferece 1070 vagas para docentes, gestores, coordenadores e demais servidores da rede estadual de educação.
As inscrições deverão ser realizadas no site do IAT, clicando AQUI, de 13/08/2010 a 02/09/2010. A divulgação dos homologados estará disponível a partir de 09 de setembro de 2009.
O curso África Nossa, promovido pela Secretaria Estadual da Educação (SEC), por intermédio do Instituto Anísio Teixeira (IAT), visa à qualificação dos profissionais da rede pública de educação para a implementação das diretrizes nacionais no ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, colocando em prática as leis federais 10.639/03 e 11.645/08, que estabelecem a inclusão da História da África e das Culturas Afro-brasileira e Indígena nos currículos escolares.

Programação videoconferências:

1.  África e Diáspora
17/09/2010
08:30 as 12:00
2.  Reinventado práticas pedagógicas I
17/09/2010
14:00 as 17:30
3. África e Colonização
24/09/2010
08:30 as 12:00
4. Reinventado práticas pedagógicas II
24/09/2010
14:00 as 17:30
5  Literaturas Africanas
28/09/2010
08:30 as 12:00
6.  Reinventado práticas pedagógicas III
28/09/2010
14:00 as 17:30
7. Intelectuais Africanos de ontem e hoje
04/10/2010
08:30 as 12:00
8. Reinventado práticas pedagógicas IV
04/10/2010
14:00 as 17:30
9. Questões Contemporâneas: Relações, Políticas, Economias e Culturais
13/10/2010
08:30 as 12:00
10. Reinventado práticas pedagógicas V
13/10/2010
14:00 as 17:30
11. Identidade
28/10/2010
08:30 as 12:00
12. Reinventado práticas pedagógicas VI
28/10/2010
14:00 as 17:30
13. Territoriedades identidade e cidadania
09/11/2010
08:30 as 12:00
14. Reinventado práticas pedagógicas V II
09/11/2010
14:00 as 17:30

EDITAL DE SELEÇÃO DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO PARA INTERCÂMBIO NOS ESTADOS UNIDOS
 
A Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade de São Paulo (USP) promovem o Projeto "Acesso e Igualdade na Educação Superior no Brasil e nos Estados Unidos, em parceria com a Howard University (Washington D.C.) e a Vanderbilt University (Nashville, TN). Como desdobramento da experiência bem-sucedida do projeto anterior (2002 a 2007), o projeto foi  um dos selecionados pelo Programa de Consórcios em Educação Superior Brasil - Estados Unidos, no período de 2008 a 2011, com apoio da Capes (Brasil) e da Fipse (Estados Unidos).
Através desse projeto, estudantes de vários cursos de graduação da UFBa e da USP freqüentam  um semestre de estudos nas universidades de Vanderbilt ou Howard, e estudantes destas freqüentam um semestre de estudos no Brasil.
A participação em programas de intercâmbio no exterior é crucial para a formação acadêmica, aumentando muito as chances de aprovação em seleções de Mestrado e Doutorado, além de ser uma experiência que traz enriquecimento pessoal.
 
O Programa oferece bolsas para estudantes de graduação + seguro saúde + passagens aéreas com recursos da CAPES.
 
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:
Coordenação do Projeto na UFBa -  Profa. Paula Barreto
Setor de Cursos - Elisabeth C. de Sá Telles
Centro de Estudos Afro-Orientais
Largo 2 de Julho, Centro
Fone: 32835502
Horário: 10 às 14 hs.
 
 
REALIZAÇÃO:
Programa A Cor da Bahia –  Centro de Estudos Afro-Orientais 
FFCH  -  UFBa
 

22 de Agosto - Dia do Folclore

DIA DO FOLCLORE

 

O que é Folclore?
Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil.
Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem a festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.

Imagens de Salvador - Tororó

Viagem ao Centro Antigo de Salvador
Ultima Atualização: 21/08/2010 às 02:53:26
Que tal fazer turismo na própria terra e embarcar numa viagem ao Centro Antigo de Salvador? Você pode começar pela exposição  “A História do Brasil Vive Aqui”,  prevista para ficar aberta ao público somente por um mês mas por conta da grande procura foi prorrogada até novembro deste ano, no Palácio Rio Branco, recentemente reformado e aberto à visitação das 10h às 18h, durante a semana, e sábados e domingos, das 13h às 18h.
Instalada no andar térreo do Palácio Rio Branco, a exposição faz uma viagem no tempo para contar a história do Centro Antigo de Salvador (CAS), desde o início do século XVI até os dias atuais.  Coordenada pelo artista plástico baiano Joãozito, a mostra reúne história e tecnologia e oferece ao visitante uma visão sobre todo o Centro Antigo de Salvador, que abrange uma área de 8 km², onde estão o Centro Histórico, o Pelourinho, e mais 11 bairros.
A exposição exibe, em telas LCD sensíveis ao toque,  um guia completo de informações sobre a fundação da cidade e  as ações mapeadas e coordenadas pelo Escritório de Referência do Centro Antigo (Ercas). Outro ponto alto da exposição é um box especial, que mostra imagens do programa Pelourinho Cultural. O público pode tocar nas telas para conhecer as 14 proposições do Plano de Reabilitação Participativo do Centro Antigo de Salvador (PRCAS).
No centro da exposição, um caleidoscópio projeta mais de 4 mil fotografias de todo o Centro Antigo.
Fonte: Plano de Reabilitação do Centro Antigo de Salvador.
Veja fotos do Centro Histórico e do Antigo de Salvador.
Acompanhe a programação de cultura em todo Estado no calendário da Agenda Cultural

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Brasil Império - Parte 1


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Brasil Colônia - Parte 3

CEAO - PALESTRA

O CEAO CONVIDA PARA A PALESTRA:
DIGNIDADE EM TEMPOS DE IMPUNIDADE:
A BUSCA DA CIDADANIA PELA LEGISLAÇÃO
ANTIDISCRIMINATÓRIA NO BRASIL
PALESTRANTE: PROF. SETH RACUSEN
DIA 06/08, SEXTA, 17:30 H
.
Seth Racusen estuda a questão racial no Brasil e nos
Estados Unidos. Publicou um capítulo do livro do
professor Kabengele Munanga, Estratégias e Políticas
de Combate À Discriminação Racial, analisando os
procedimentos de apuração e classificação dos casos de
discriminação racial levantados pela Delegacia
Especializada em Crimes Raciais (DCS) de São Paulo.
Publicou outros artigos sobre a tema e também sobre
ação afirmativa no Brasil no livro do Bernd Reiter e
Gladys Mitchell, Brazil´s New Racial Politics

Brasil Colônia - Parte 2

Brasil Colônia

quinta-feira, 22 de julho de 2010

V Encontro Estadual de História



Fique por dentro

segunda-feira, 19 de julho de 2010

2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil já recebe inscrições

[1/6/2010] O Museu Exploratório de Ciências (MC) da  Unicamp recebe, até 6 de agosto, em sua página na internet, as inscrições para a 2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). Compostas por cinco fases on line e uma presencial, a competição envolve professores e alunos na resolução dos problemas propostos. A primeira fase da competição começa em 19 de agosto, Dia Nacional do Historiador, data que comemora o nascimento do jornalista e historiador, Joaquim Nabuco. Em 2010 é celebrado o centenário de sua morte, ocorrida em 17 de janeiro de 1910.

Poderão participar estudantes regularmente matriculados no 8º e 9º anos do ensino fundamental e demais séries do ensino médio, de escolas públicas e privadas de todo o Brasil. Para orientar a equipe, composta por três estudantes, é obrigatória a participação de um professor de história.

O formulário de inscrição e o boleto para pagamento estarão disponíveis no site do MC até o dia 6 de agosto. A taxa de inscrição é de 15 reais para as equipes de escolas públicas e 35 reais para as equipes das escolas particulares. O valor da inscrição corresponde à inscrição de todos os membros da equipe.

Como em 2009, o MC custeará, com o apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da empresa Azul Linhas Aéreas Brasileiras, a vinda de uma equipe de cada estado brasileiro para participar da fase presencial. Após a final da Olimpíada, os professores responsáveis por essas equipes permanecerão na Unicamp para realizar capacitação de uma semana.

A ONHB premiará escolas, alunos e professores, com medalhas de ouro, prata e bronze e certificados de participação. A escola receberá doação de livros para o acervo da biblioteca e a assinatura da Revista de História da Biblioteca Nacional por um ano.

ONHB
A 2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil é uma iniciativa do Museu Exploratório de Ciências da Unicamp. O evento é patrocinado pelo CNPq e tem o apoio da Revista de História da Biblioteca Nacional. A 1ª edição, realizada em 2009, inscreveu mais de 15 mil participantes e reuniu cerca de duas mil pessoas na final presencial, realizada na Unicamp, nos dias 12 e 13 de dezembro.

A ONHB é concebida e elaborada por historiadores e professores de história do MC e da Unicamp. Como proposta, os participantes têm a oportunidade de trabalhar com temas fundamentais da história nacional e de conhecer de perto as práticas e metodologias utilizadas pelos historiadores.

CALENDÁRIO
Inscrições - 1/6 a 6/8
Fase 1 - 19/08
Fase 2 - 26/08
Fase 3 - 2/09
Fase 4 - 9/09
Fase 5 - 16/09
Fase 6 - 23 e 24/10

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Lançamento do livro Memorial Mãe Menininha do Gantois- Seleta do Acrevo

Edital Prêmio Palmares de Monografia e Dissertação - 2010

Lançado Edital Prêmio Palmares de Monografia e Dissertação - 2010



A Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, abriu inscrições para o Concurso Nacional de Pesquisa sobre Cultura Afro-Brasileira, Comunidades Tradicionais e Cultura Afro-Latina. As inscrições poderão ser feitas até o dia 16 de agosto de 2010. O Concurso vai premiar monografias de conclusão de graduação e dissertações de mestrado que tratem dos temas acima mencionados. Serão selecionados, dentro das três áreas temáticas propostas, os melhores trabalhos em cada uma das cinco regiões brasileiras, somando 30 premiações, com o valor total de R$ 180 mil.

Segundo Mércia Queiroz, coordenadora do CNIRC - Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra, departamento da FCP que está organizando o concurso, o Edital é uma conexão da Palmares com a Academia. "Esta iniciativa é de extrema importância para os novos pesquisadores que se debruçam sobre a temática da cultura afro-brasileira e latina e das comunidades tradicionais, uma ótima oportunidade para que os seus trabalhos sejam divulgados, inclusive internacionalmente, pois todos serão publicados no site do Observatório Afro-Latino. É a abertura de um espaço de diálogo com estudiosos de outras partes do mundo", afirma Mércia.

A participação é gratuita e aberta a qualquer pessoa residente e domiciliada no território brasileiro, com conclusão comprovada de graduação superior em instituições públicas ou privadas. Os interessados podem ter formação em qualquer área do conhecimento e ser de qualquer nacionalidade.

As dúvidas referentes ao Concurso serão esclarecidas através do e-mail premiopalmares2010@palmares.gov.br.

Acesse abaixo a íntegra do Edital, Ficha de Inscrição e Termo de Licenciamento de Direitos Autorais:


terça-feira, 6 de julho de 2010

A Reforma católica e a Contra-Reforma

Gilberto Salomão*
Especial para Página 3 Pedagogia & Comunicação
Reprodução
Ignácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, a ordem dos soldados de Cristo
A contínua expansão do protestantismo por toda Europa colocou a Igreja Católica em uma situação crítica. Impunha-se uma reforma para moralizar o clero e, ao mesmo tempo, desencadear o combate às novas religiões, classificadas como heresias.

O surgimento da Companhia de Jesus, em 1534, por obra de Ignácio de Loyola, revelou-se fundamental para a realização da Reforma católica. Os jesuítas, chamados de "soldados de Cristo", devotando uma cega obediência ao papa, encarregaram-se de organizar um concílio.

Inquisição

Enquanto aguardava a instalação do concílio, o papa Paulo 3º (1534-1549) tomou medidas para combater o protestantismo. Em 1542, a Inquisição (ou Tribunal do Santo Ofício) foi reativada. Dominada pelos dominicanos, ela conseguiu, utilizando de métodos violentíssimos, deter o avanço protestante na Itália, na Espanha e em Portugal. Nos países ibéricos, o apoio real foi fundamental para a derrota do protestantismo. E em 1543 foi elaborado o Index Librorum Prohibitorum, ou simplesmente Index, um catálogo que arrolava obras de leitura proibida aos católicos.

Concílio de Trento

O Concílio de Trento reuniu-se, finalmente, em 1545, durando até 1563. Foi ecumênico, ou seja, reuniu representantes de toda Igreja. Ele produziu uma Igreja reformada, embora os dogmas católicos não sofressem alteração: o princípio da salvação pelas boas obras foi confirmado; o culto à Virgem e aos santos foi reafirmado; a infalibilidade papal, o celibato clerical e a indissolubilidade do casamento foram mantidos.

Graças às pressões dos jesuítas, a autoridade papal foi reforçada. A disciplina do clero restabelecida: fixaram-se condições e idades mínimas para o exercício das funções eclesiásticas; o acúmulo de bispados e paróquias foi proibido, bem como a venda de indulgências. Criaram-se seminários para a formação dos eclesiásticos e foram elaborados um Catecismo e um Missal.

Com a Igreja revigorada, os católicos dedicaram-se à Contra-Reforma, com o sistemático combate às religiões protestantes. Internamente, a Inquisição encarregou-se de manter o controle sobre as populações católicas, perseguindo os heréticos e contendo a difusão das doutrinas protestantes.

Externamente, procurou-se reconquistar, por meio da educação, as áreas perdidas para o protestantismo. Pelo empenho dos jesuítas, vários colégios encarregados do ensino primário foram fundados na Europa. O resultado foi modesto. Após duas gerações, parte da Renânia, o sul dos Países Baixos e a Polônia haviam sido reconquistados.

O maior êxito da Contra-Reforma deu-se pela difusão do catolicismo entre os povos pagãos, por meio da catequese. Graças ao controle ibérico sobre a maioria da América, as massas indígenas foram convertidas, e os esforços, especialmente dos jesuítas, alcançaram na Ásia, a China e o Japão, embora com resultados modestos e passageiros.
PROCESSO SELETIVO (PS) DE ADMISSÃO À ESPCEX 2010 (MATRÍCULA 2011)

ORIENTAÇÕES AOS CANDIDATOS
Período de inscrição: 1º de junho a 14 de julho de 2010.
Como se inscrever: pela Internet nos endereços www.espcex.ensino.eb.br.
Taxa de inscrição: R$ 70,00 via Boleto Bancário.
Data de pagamento proposta: até 16 de julho de 2010.
Número de vagas para o concurso 2010 (Matrícula 2011): 520 (quinhentos e vinte).
Candidatos: brasileiros natos do sexo masculino.
Faixa etária: de 16 a 21 anos até 31 de dezembro de 2011.
Escolaridade exigida: estar cursando ou ter cursado, no mínimo, a 2ª série do ensino médio.
Provas do Concurso de Admissão:
18 de setembro de 2010 (sábado) - Física-Química e Geografia-História (Questões objetivas)
19 de setembro de 2010 (domingo) - Matemática, Português (Questões objetivas) e Redação (Questão discursiva)

ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO


A reforma luterana

Gilberto Salomão*
Especial para Página 3 Pedagogia & Comunicação
Reprodução
O alemão Martinho Lutero estabeleceu os princípios de uma doutrina cristã reformada
O que hoje chamamos de Alemanha era, desde a Idade Média, parte do Sacro Império Romano Germânico. Criado no século 11 como uma extensão temporal do poder do papado, houve momentos em que o poder imperial entrou em choque com o papa, como na questão envolvendo as investiduras de bispos, no século 16. A vitória do papado nessa que ficou conhecida como a Querela das Investiduras aprofundou o poder político da Igreja na região.

Por outro lado, o poder enorme exercido pela Igreja tornava-a o local ideal para a venda de relíquias e indulgências. Empenhado na construção da Basílica de São Pedro, o papa Leão 10º (1513-1521) encarregou o dominicano John Tetzel de realizar uma maciça venda de indulgências por toda a Alemanha.

Foi contra isso que se voltou o duque Frederico da Saxônia, impedindo a entrada de Tetzel em seu território. A alegação para a proibição foi o fato de a Igreja ter feito um acordo com a família de banqueiros alemães, os Függer, no qual os banqueiros emprestavam à Igreja o dinheiro necessário em troca da garantia de metade da renda obtida com a venda de indulgências.

Martinho Lutero

Nesse conflito envolveu-se Martinho Lutero (1483-1546), monge agostiniano e professor de teologia na Universidade de Wittenberg, com o apoio de Frederico. Na verdade, as críticas de Lutero à prática da Igreja já eram antigas, encontrando nesse contexto o espaço certo para sua disseminação.

Em 1517, Lutero fixou na porta da catedral de sua cidade um documento intitulado "95 Teses Contra as Indulgências". Nele, não apenas Lutero criticava violentamente a prática da Igreja, denunciando que o dinheiro das indulgências era usado para financiar o luxo do clero e atacando seu desregramento, como também se opunha a dogmas da Igreja. Ao afirmar que as indulgências eram incorretas, pois o fiel se salva não pelos atos que pratica, mas pela fé, Lutero incorria numa negação à doutrina da Igreja, uma heresia do ponto de vista da Igreja Católica, expondo-se assim à ação da Inquisição.

Excomungado como herege em 1520 pelo papa, Lutero recusou-se também a se retratar na Dieta de Worms, convocada pelo imperador Carlos 5º (Carlos de Habsburgo) e composta por todos os nobres laicos e eclesiásticos do Sacro Império. Estes, por sua vez, tinham interesse em apoiar Lutero, interessados em livrar-se da autoridade papal e em limitar o poder do imperador, defensor do catolicismo. Foram os príncipes alemães e a alta nobreza que ocultaram Lutero num castelo da Saxônia, impedindo sua execução.

Guerras e revoltas

Durante os três anos em que ficou oculto, Lutero traduziu a Bíblia para o alemão, numa forma de tornar seu conhecimento mais difundido entre a população, de modo a provar o quanto a Igreja havia se afastado dos propósitos cristãos. Em sua maioria, os príncipes alemães declararam-se adeptos da nova religião proposta por Lutero. Vendo nisso uma clara ameaça a seu poder, o imperador Carlos 5º impôs o catolicismo como religião oficial do império. Os príncipes protestaram contra essa imposição (daí advindo o termo "protestante"), dando início a um longo processo de guerras de religião na Alemanha.

Por outro lado, além do apoio da nobreza, por razões políticas, as idéias de Lutero despertaram o apoio dos camponeses, vendo nos ataques à Igreja uma oportunidade de reduzirem o grau de profunda desigualdade e exploração a que estavam submetidos. Várias revoltas camponesas eclodiram na Alemanha, entre elas a principal, liderada por Thomas Müntzer.

Lutero voltou-se violentamente contra esses movimentos, posto que, dependente do apoio dos nobres, ele jamais poderia colocar-se ao lado de revoltas camponesas. Assim, Lutero defendeu a postura mais agressiva possível contra eles ("[...] É preciso estrangulá-los; é preciso matar o cão raivoso que se lança contra ti ou ele te matará."). A repressão aristocrática aos camponeses durou de 1524 a 1536 e produziu mais de cem mil mortos.

Mudanças

Já em 1527, Lutero, juntamente com Melanchton, elaborou a Confissão de Augsburgo, que estabelecia os princípios de sua doutrina. Por ela estabelecia-se: que as Escrituras Sagradas eram o único dogma da nova religião; a fé era vista como a única fonte da salvação; a livre interpretação da Bíblia passava a ser permitida; negava-se a transubstanciação (transformação do pão e do vinho no corpo e no sangue de Cristo, presente na fé católica) e a crença de que a presença de Cristo na Eucaristia era espiritual; adotava-se o alemão, e não mais do latim, como idioma nos cultos religiosos; a Igreja passava a ficar submetida ao Estado; e, finalmente, permaneciam apenas dois sacramentos: o batismo e a eucaristia.

Em 1555, a Dieta de Augsburgo permitiu que cada príncipe escolhesse a sua religião, que passaria a ser também a de seus súditos ("cujus regio ejus religio" - tal príncipe, sua religião). O luteranismo triunfara na Alemanha. Foi adotado também na Suécia, em 1527, e na Dinamarca e Noruega, em 1536, como forma de afirmação dos poderes reais contra a interferência de Roma.

A reforma calvinista

Gilberto Salomão*
Especial para Página 3 Pedagogia & Comunicação
Reprodução
Fugindo da perseguição na França, Calvino estabeleceu-se em Genebra, na Suíça
Desde 1499, a Suíça havia obtido a independência em relação ao Sacro Império, estando dividida, politicamente, em cantões autônomos. Região rica, palco da ação de uma crescente burguesia, a Suíça, e particularmente a cidade de Genebra, acompanhou a penetração das idéias luteranas no país, trazidas por Ulrich Zwinglio, que receberam forte acolhida junto à burguesia local.

As idéias de Zwinglio já haviam gerado um violento conflito entre reformistas e católicos entre 1529 e 1531. Essa guerra civil fora encerrada com a Paz de Kappel, que dava autonomia religiosa aos vários cantões suíços.

João Calvino

Essa situação atraiu para as cidades suíças vários líderes reformistas perseguidos na Europa inteira. Entre eles, João Calvino (1509-1564), que, fugindo da perseguição aos protestantes na França, refugiou-se na cidade de Genebra. Já em 1536, Calvino publicou sua obra Instituição da Religião Cristã, na qual ele apresentava uma ruptura bem mais sensível com os dogmas católicos do que as idéias de Lutero e de Zwinglio.

Segundo a visão de Calvino, a salvação só se alcança através da fé, mas ela é concedida por Deus a alguns eleitos (predestinação), sendo que o homem é pecador por natureza. O culto foi ainda mais simplificado, resumindo-se a comentários bíblicos feitos por sacerdotes sem paramentos, em igrejas simples e despojadas de imagens. A exemplo do luteranismo, apenas o batismo e a eucaristia foram conservados, nesta última também se abandonando a idéia de transubstanciação.

Não apenas as concepções religiosas de Calvino iam diretamente ao encontro das aspirações da sociedade de Genebra, mas também a ética por ele preconizada. Podem ser citadas, nesse sentido, inúmeras passagens do próprio Calvino, como por exemplo: "Deus chama a cada um para uma vocação particular cujo objetivo é a glorificação dele mesmo. O comerciante que busca o lucro, pelas qualidades que o sucesso econômico exige: o trabalho, a sobriedade, a ordem, responde também o chamado de Deus, santificando de seu lado o mundo pelo esforço e sua ação é santa".

Huguenotes, puritanos e presbiterianos

Calvino foi amplamente aceito pela elite local. Guindado à condição de um líder religioso e político, Calvino, através das Ordenações Eclesiásticas, implantou leis rígidas, que davam à sua Igreja o controle total sobre a vida religiosa, moral e política dos cidadãos. A nova Igreja dividiu-se em fiéis, pastores e um conselho, o Consistório, que possuía amplos poderes.

Composto por três pastores e doze representantes da sociedade local, eleitos por um conselho municipal, o Consistório tinha poderes para regular cada aspecto do comportamento do cidadão, incluindo sua indumentária e as práticas sociais.

As idéias de Calvino difundiram-se rapidamente, muito mais do que as idéias luteranas, o que é outra mostra de sua consonância com a sociedade urbana em formação. Na França, os calvinistas foram chamados de huguenotes. Na Inglaterra, pelo tipo de comportamento preconizado pelos calvinistas, marcado pela seriedade, pela austeridade inclusive no vestir, pela dedicação fundamental ao trabalho, eles foram chamados de puritanos. Na Escócia, onde as idéias calvinistas foram introduzidas por John Knox, a Igreja calvinista foi organizada a partir de conselhos de pastores, os presbíteros, daí a designação de presbiterianos.
Reprodução

A reforma anglicana

Gilberto Salomão*
Especial para Página 3 Pedagogia & Comunicação
O rei Henrique 8o promoveu a Reforna na Inglaterra
O aspecto político das reformas teve, na Inglaterra, sua manifestação mais evidente. O próprio fato de a reforma religiosa ter sido conduzida diretamente pelos reis ingleses serve como comprovador dessa visão.

A dinastia Tudor nasceu num quadro de fortalecimento do poder real na Inglaterra, após o esmagamento dos setores dissidentes da nobreza na Guerra das Duas Rosas. O primeiro rei Tudor, Henrique 7º, procurou consolidar esse poder, esbarrando, entretanto, no forte poder político e econômico exercido pela Igreja Católica no país.

Foi o seu filho, Henrique 8º, quem vislumbrou a oportunidade de se voltar contra esse poder. Em meio à crise provocada na Alemanha pelo movimento luterano, Henrique 8º aproveitou-se do momento favorável para estabelecer um confronto com o papado.

Uma questão política e dinástica

A razão ostensiva para esse confronto liga-se a uma questão política e dinástica. Casado com a nobre espanhola, Catarina de Aragão, Henrique 8º tivera com ela uma filha, Mary. Impossibilitada de ter outros filhos, Catarina criava uma situação potencialmente perigosa para a monarquia inglesa. Sem filhos homens (o trono inglês jamais fora ocupado até então por uma mulher), Henrique 8º alegava o risco de morrer sem um herdeiro, o que tornava o rei da Espanha e Imperador do Sacro Império, Carlos 5º, sobrinho de Catarina, um dos pretendentes ao trono inglês.

Alegando a imperiosa necessidade de um herdeiro, Henrique solicita ao papa a anulação de seu casamento com Catarina. Tratava-se de uma manobra obviamente destinada a criar um confronto. Henrique tinha plena consciência de que o papa jamais iria se indispor contra Carlos 5º, seu principal aliado na luta contra Lutero.

Ante a recusa papal, Henrique 8º anulou por conta própria seu casamento, desposando, em seguida, Ana Bolena. Excomungado pelo papa, Henrique 8º reagiu, em 1534, com o Ato de Supremacia, por meio do qual ele criou uma Igreja nacional chamada Igreja Anglicana ou Igreja da Inglaterra, da qual era o chefe. Confiscou ainda os bens do clero católico na Inglaterra, distribuindo-os especialmente entre a gentry, a camada de pequenos e médios proprietários rurais, o que lhe assegurou uma ampla base de apoio.

Henrique não fez mudanças no culto. Elas foram obra de seu filho, Eduardo 4º, que, em 1549, impôs o Livro de Orações Comuns, em inglês, e em 1553 suprimiu a missa e o celibato clerical.

A Reforma anglicana completou-se no reinado de Elizabeth I (1558-1603) com a Lei dos 39 Artigos (1563). Adotou-se o calvinismo como conteúdo doutrinário, mas manteve-se a forma católica, preservando-se a hierarquia episcopal e parte da liturgia.

Reformas Religiosas

Reformas religiosas (1)

Causas e contexto histórico

Gilberto Salomão*
Especial para Página 3 Pedagogia & Comunicação
Reprodução
O filósofo humanista Erasmo de Roterdã fez severas críticas ao comportamento da Igreja
O século 16 teve como uma de suas manifestações mais profundas o processo de reformas religiosas, responsável por quebrar o monopólio exercido pela Igreja Católica na Europa e pelo advento de uma série de novas religiões que, embora cristãs, fugiam aos dogmas e ao poder imposto por Roma, as chamadas religiões protestantes.

Mais do que apenas um movimento religioso, as reformas protestantes inseriram-se no contexto mais amplo que marcou a Europa a partir da Baixa Idade Média, expressando a superação da estrutura feudal tanto em termos da fé como também em seus aspectos sociais e políticos.

Da mesma forma, não se pode considerar as reformas religiosas como um processo que se iniciou no século 16. Ao contrário, elas representaram o transbordamento de uma crise que já vinha se manifestando na Europa desde o início da Baixa Idade Média, fruto da inadequação da Igreja à nova realidade, marcada pelo declínio do mundo feudal, pelo crescimento do comércio e da vida urbana, pela centralização do poder político nas mãos dos reis e pelo advento de uma nova camada social, a burguesia.

Também não se pode deixar de lado a influência do Renascimento Cultural, no sentido de romper com o monopólio cultural exercido pela Igreja Católica na Idade Média. O Renascimento teve o efeito de possibilitar a aceitação de conceitos e de visões de mundo diferentes daqueles impostos pela Igreja Católica, ao quebrar o quase monopólio intelectual que a Igreja exercia na Idade Média.

Num certo aspecto, as Reformas Protestantes são filhas do Renascimento, e representaram, como este, uma adequação de valores e de concepções espirituais às transformações pelas quais a Europa passava - nos campos econômico, social e cultural.

Humanismo e desvirtuamento da Igreja

As contestações ao poder e aos dogmas da Igreja não eram um fenômeno desconhecido na Europa do século 16. O próprio crescimento do pensamento humanista, absorvido pela Igreja através das universidades, e uma nova visão teológica, representada pelo tomismo, podem ser vistos como uma abertura da Igreja ao racionalismo e a uma visão de mundo mais humanística, se comparada ao forte teocentrismo que prevalecera até ali. As universidades foram canais por onde pôde penetrar a influência do pensamento racional, ao mesmo tempo em que o tomismo fundia a fé com elementos do racionalismo greco-romano.

Ao mesmo tempo, há que se levar em conta o desvirtuamento da Igreja e sua incapacidade de dar resposta aos anseios espirituais dos fiéis. Essa questão tem origem no papel que a Igreja passou a ocupar a partir da Idade Média. O fato de ser ela a principal possuidora de terras na Europa, bem como a instituição mais poderosa politicamente, colocava-a ao lado da nobreza como uma instituição beneficiária da estrutura feudal e, também, responsável por sua manutenção.

Na verdade, o vínculo orgânico entre a Igreja e a nobreza criava, necessariamente, distorções. A tendência é que as nomeações para cargos na alta hierarquia da Igreja (o termo correto para essas nomeações é investidura) obedecessem a critérios que passavam muito longe da vocação ou formação religiosa do postulante. Essas investiduras eram feitas levando-se em consideração o grau de riqueza, de poder e as benesses que a aliança com esta ou aquela família pudesse trazer para a Igreja.

A prática das chamadas investiduras leigas acabou acarretando graves problemas para a Igreja medieval. Em primeiro lugar, os problemas políticos, decorrentes da constante disputa com os poderes temporais para a ocupação de cargos e terras.

Mais grave que isso, entretanto, foi o fato de gerar um clero inadequado às suas funções religiosas, incapaz de dar resposta às necessidades espirituais dos fiéis. O desregramento do clero evidenciava-se numa atitude conhecida usualmente como nicolaísmo, termo usado para designar o desregramento que passara a marcar o comportamento do clero.

Mais que isso, a constante busca por um aumento da renda que sustentava o imenso luxo em que vivia o clero, levou a Igreja a intensificar, durante a Idade Média, práticas como a venda de relíquias sagradas ou de cargos eclesiásticos (práticas conhecidas como simonia) e a venda de indulgências (absolvição dos pecados cometidos).

Assim, cresciam manifestações intelectuais de críticas ao comportamento da Igreja. Nomes como Erasmo de Roterdã ou Thomas Morus propunham uma reforma interna da Igreja, com um retorno à pureza original do cristianismo. Por trás dessas propostas havia, por certo, uma crítica ao excessivo apego da Igreja aos bens materiais e ao poder.

Nacionalismo, heresias e política

Tais críticas já haviam atingido níveis mais preocupantes para Roma desde o final do século 14. Na Inglaterra, John Wycliff pregava o confisco dos bens da Igreja, o voto de pobreza por parte dos membros do clero e uma retomada das Sagradas Escrituras como única fonte da fé.

No reino da Boêmia, então pertencente ao Sacro Império, John Huss, tendo por base as idéias de Wycliff, viu suas pregações constituírem-se na base do sentimento nacionalista da região contra o domínio do Império e da Igreja de Roma. A prisão, seguida da condenação e execução de Huss, não conseguiu apagar a chama nacionalista, o que mostrava um lado intenso da crise vivida pela Igreja, qual seja, o seu domínio sendo alvo de reações nacionalistas.

Há outra forma de reação a esse desvirtuamento do papel da Igreja e ela fica evidente ao observarmos o crescimento das heresias. O termo era empregado para designar todas as manifestações de pensamento religioso discordante dos dogmas impostos pela Igreja Católica. Durante a Baixa Idade Média, e particularmente no século 13 (considerado o grande século das heresias), cresceram de modo significativo o número de seitas heréticas e o número de adeptos a essas seitas.

Ao contrário de uma primeira impressão, as heresias constituem-se numa prova de fé e não de falta de fé. Evidenciam a existência de uma população imbuída de uma profunda religiosidade não contemplada pelos dogmas e pelo materialismo da Igreja. Esta, por sua vez, jamais foi capaz de compreender o real significado das heresias. Ao contrário, a Igreja apenas viu nelas o que representavam em termos de ameaça ao seu poder baseado na unidade da fé. Assim, a reação da Igreja Católica às heresias concentrou-se na repressão. Não foi outra a função da criação do Tribunal do Santo Ofício ou Inquisição, justamente no século 13.

Há outros elementos decisivos nesse processo. A questão política passa a ganhar um peso significativo a partir do início do processo de centralização do poder. Naturalmente, os reis, ao buscarem se fortalecer politicamente, vão entrar em choque com o poder da Igreja. Em muitos casos (e o exemplo da Inglaterra, como veremos a seguir, é apenas o mais evidente), romper com a Igreja Católica e criar uma nova Igreja sob seu comando foi a forma encontrada pelos reis para se libertar do poder político do papado.

Além disso, num quadro de crescimento do comércio, os dogmas da Igreja, de condenação à usura e ao lucro excessivo, representavam um forte obstáculo para a burguesia. Assim, também essa nova camada ascendente vai ter interesse em romper com os entraves impostos pelo catolicismo e adotar uma nova religião, para a qual suas práticas não se constituíssem em pecados e fossem consideradas como dignificantes do homem.